Jackson Erpen - Cidade do Vaticano
Entre os presentes na Praça São Pedro para o Angelus, um grupo de religiosas e leigos ligados à rede Thalita Kum, que fizeram uma caminhada de conscientização pela Via da Conciliação momentos antes, no contexto do Dia Mundial de Oração e Reflexão contra o Tráfico de Pessoas celebrado no sábado, 8 de fevereiro:
E logo após a oração do Angelus, o Papa falou sobre esta iniciativa de alcance mundial, enfatizando que é preciso educar “para o uso saudável dos meios tecnológicos”, visto serem meios usados por organizações criminosas para cooptar e aliciar suas vítimas:
Ouça e compartilhe!
“Ontem, na memória litúrgica de Santa Josefina Bakhita, foi celebrado o Dia Mundial de Oração e Reflexão contra o Tráfico de Pessoas. Para curar esse flagelo - porque é um verdadeiro flagelo - que explora os mais fracos, é necessário o comprometimento de todos: instituições, associações e agências educativas. No campo da prevenção, gostaria de salientar como diversas pesquisas atestam que as organizações criminosas usam cada vez mais os modernos meios de comunicação para atrair as vítimas com o engano. Portanto, é necessário, por um lado, educar para o uso saudável dos meios tecnológicos; por outro, vigiar e chamar à responsabilidade os fornecedores desses serviços telemáticos [ndr - que diz respeito às sinergias entre a elaboração eletrônica e as telecomunicações].”
No sábado, 8, na presença de alguns membros da rede Thalita Kum e da Fundação Galileo, o Papa Francisco com um clique, havia inaugurado a “Super Nuns” (Super Freiras), a comunidade na plataforma Patreon, idealizada para arrecadar fundos em favor das vítimas do tráfico de seres humanos e para financiar projetos de assistência e apoio.
O cardeal Czerny, da Seção Migrantes e Refugiados do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral havia destacado em entrevista ao VN o encorajamento do Papa Francisco às religiosas, que sempre estiveram na linha de frente neste trabalho com as vítimas, oferecendo a elas “a possibilidade de serem livres, a possibilidade de serem reabilitadas, a possibilidade de recomeçarem uma vida digna. E assim, graças ao ministério constante, perseverante e corajoso das irmãs, em todo o mundo, o Papa pode convocar-nos como Igreja, como povo de Deus, para nos unirmos em torno ao seu ministério e à profecia das irmãs.”